"Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer- te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?"
S.Mat. 18:32
Evelyn Waugh conta a história de um cidadão muito rico que abandonou sua família e sua igreja para casar-se com outra mulher. Cordélia, sua filha mais nova sofreu muito com as ações de seu pai, mas recusava-se persistentemente condená-lo ou perder a esperança de que ele voltasse para Deus. Quando ele finalmente voltou para casa antes de morrer, ela imaginou que ele se voltaria para Deus. Mas o idoso homem recusou-se. "Eu fiz algo tão mal assim?" perguntava ele.
"Sim papai", foi a resposta dolorosamente honesta de Cordélia. Finalmente, pouco antes de sua morte, ele pediu perdão. Deveria Deus perdoá-lo e apagar seu pecado imediatamente após todos esses anos de insistente desobediência?
"Ás vezes,não gosto de pensar em Deus como sendo totalmente perdoador.
Porque não quero perdoar totalmente.
Ou seja.
Se uma pessoa errou, ela deveria ser punida, não é verdade?
Do contrário.
Por que deveria eu me preocupar em fazer o que é certo?
Deus tem leis, a razão me diz,
E se o homem as transgride,
E Deus perdoa e perdoa,
Por que deveriam as leis ser guardadas?
Que validade teriam?
Mas ás vezes,
Um pouquinho de graça brilha em minha mente,
E eu compreendo que a observância e transgressão das leis de Deus
São sua própria punição e recompensa.
E todos os que já se partiram contra a lei de Deus
Necessitam de todo o perdão e amor que eu possa dar."
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